18 de ago. de 2015

O “Exame de Ordem” na Alemanha

O Exame de Ordem no Brasil gera bastante polêmica em razão do seu alto índice de reprovação. Todavia, é preciso refletir se o número expressivo de reprovados é consequência da dificuldade da prova ou da falta de preparação dos candidatos.

Se comparado com os exames alemães, o Exame de Ordem brasileiro nada mais é do que uma mera prova que exige conhecimentos básicos para se tornar advogado. Uma provinha, por assim dizer.

Na Alemanha existem dois exames. Cada um consiste em uma bateria de provas. O primeiro é feito após a faculdade e consiste em seis provas dissertativas e uma prova oral. Cada prova dissertativa dura cinco horas

Os aprovados estarão aptos a fazerem dois anos de “estágios”. Ao final destes dois anos, uma nova bateria de provas. Desta vez oito provas dissertativas e uma prova oral. Cinco horas novamente para cada prova escrita.

Um pequeno detalhe torna tudo muito mais difícil: os alunos que não passarem no primeiro ou no segundo exame só poderão repeti-lo apenas uma vez. Ou seja, se não passarem na segunda tentativa eles não poderão ser advogados, juízes ou promotores.

Os alemães se preparam muito para estas provas. Normalmente mais de um ano. Um ano de puro estudo. Eles sabem que o seu futuro depende do desempenho nestas provas. E depende mesmo. Notas na Alemanha são tudo. Com estas notas eles poderão se candidatar não somente para escritórios, mas também para serem juízes e promotores. Grandes escritórios não contratam candidatos com notas baixas.

Para quem acha que no Brasil é difícil, na Alemanha é muito pior. Ou melhor, na Alemanha é levado mais a sério.

Via Direito Alemão