11 de out. de 2015

Guia do advogado: saiba qual é a postura adequada em uma audiência

O que fazer e como se portar em uma audiência são dúvidas frequentes para os advogados em início de carreira ou aqueles mais acostumados ao trabalho burocrático — fazendo peças e mais peças jurídicas e analisando contratos dentro das instalações de um escritório, sem participar tanto da vida do Fórum em circunstâncias de embate direto com outro causídico. O conhecimento jurídico deve guiar quem vai à audiência, sem dúvida, mas não é tão simples assim. Que tal saber de alguns detalhes bem válidos para qualquer tipo de audiência, seja no âmbito civil, penal ou trabalhista? Então não deixe de conferir agora mesmo nossas dicas:

Cuidado com as roupas

O advogado deve se trajar de acordo com a formalidade da profissão, ou seja, preferencialmente com roupas mais sóbrias e que respeitem a famosa moral e os célebres bons costumes. Dessa forma, deve-se sempre evitar o excesso. No caso das advogadas, vestimentas com decotes muito proeminentes ou roupas curtas estão, obviamente, fora de cogitação. Uma entrada imponente na sala de audiência tem início com a preparação, bem antes de se chegar lá. Então não pule essas etapas!

Seja pontual

É importante chegar cedo ao Tribunal onde a audiência ocorrerá, de maneira que, quando o pregão acontecer, você e o cliente estejam preparados para entrarem na sala. Ao adentrarem o aposento, cada parte senta em seu devido lugar, acompanhada de seu representante legal. Em uma audiência cível de conciliação ou de instrução e julgamento, o advogado do autor se senta à direita do magistrado, à mesa, e o advogado do réu se senta à esquerda, cada parte com seu representante. Nas audiências trabalhistas, no entanto, essa disposição se inverte. Se há dúvida sobre onde se sentar, não demonstre tensão, simplesmente deixando que o outro advogado tome seu assento primeiro. Depois, é só ocupar o lado contrário da mesa.

Atenção ao palavreado

Não use gírias, palavras de baixo calão ou expressões nada técnicas quando estiver diante do magistrado e da parte adversária na audiência. E não se esqueça de orientar o seu cliente a fazer o mesmo, guiando-o a, inclusive, evitar se expressar muito emocional ou ofensivamente. Explique a seu cliente, também, que as perguntas do juiz devem ser prontamente respondidas, sem rodeios, mas somente na exata medida do que for perguntado.

Transmita credibilidade

Cada audiência tem um conjunto de atos processuais específicos, o que vai variar bastante de acordo com cada caso — como a tentativa de conciliação, a fixação de pontos controvertidos, a fase probatória e as alegações finais, por exemplo. O mais importante é estar bem preparado, tanto no plano jurídico como no que diz respeito ao conhecimento daquele caso em especial, de modo que transmita grande credibilidade quando for se dirigir ao juiz ou à outra parte. Esse cuidado facilitará o convencimento favorável do magistrado.
Com boas práticas e atenção a coisas simples, o advogado poderá cumprir muito bem seu papel e produzir uma excelente performance nas audiências de que fizer parte.
E você, já passou por alguma atribulação em audiências? Como normalmente se prepara para esses eventos? Comente aqui e compartilhe suas experiências conosco!