25 de mar. de 2013

Veja quem são os 37 denunciados pelo mensalão do DEM

     Foi divulgada nesta sexta-feira a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra 37 suspeitos de envolvimento no escândalo do mensalão do DEM, alvo da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, no final de 2009. Entre os acusados estão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octavio, além de secretários de governo, deputados distritais e membros do Tribunal de Contas do DF. Veja quem são os denunciados e de que crimes são acusados:



José Roberto Arruda
Governador do Distrito Federal entre 2006 e 2010. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Paulo Octávio
Ex-vice-governador. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Durval Barbosa
Ex-secretário de Relações Institucionais e delator do esquema. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Domingos Lamoglia
Conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, afastado desde 2009. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
José Geraldo Maciel
Ex-chefe da Casa Civil. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fábio Simão
Ex-chefe de gabinete de Arruda. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Ricardo Penna
Ex-secretário de Planejamento e Gestão. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
José Valente
Ex-secretário de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Roberto Giffoni
Ex-corregedor-geral do Distrito Federal. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Eurides Britto
Ex-deputada distrital. Acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Leonardo Prudente
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Júnior Brunelli
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Roney Nemer
Ex-deputado distrital ainda em exercício. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Benedito Domingos
Deputado distrital ainda em exercício. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Aylton Gomes
Deputado distrital ainda em exercício. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Odilon Aires
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Rogério Ulysses
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Pedro do Ovo
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Berinaldo da Ponte
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Benício Tavares
Ex-deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Omézio Pontes
Assessor de imprensa de Arruda. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Adailton Barreto Rodrigues
Funcionário da secretaria de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Gibrail Gebrim
Funcionário da secretaria de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Rodrigo Diniz Arantes
Secretário particular de Arruda. Acusado de formação de quadrilha.
Masaya Kondo
Funcionário da secretaria de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Luiz Cláudio Freire de Souza França
Ex-diretor do posto de serviço Na Hora, do GDF. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Luiz Paulo Costa Sampaio
Ex-presidente da Agência de Tecnologia da Informação do GDF. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Marcelo Toledo
Policial aposentado e empresário. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Marcelo Carvalho
Executivo das empresas Paulo Octávio. Acusado de formação de quadrilha;
Nerci Bussanra
Diretora da empresa Unirepro. Acusada de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
José Celso Gontijo
Empresário, dono da empreiteira JC Gontijo. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Alexandre Tavares de Assis
Diretor presidente da Info Educacional. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Antônio Ricardo Sechis
Dono da Adler, empresa de informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Alessandro Queiroz
Dono da CapBrasil Informática. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Francisco Tony de Souza
Dono da Veltax, empresa de informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Gilberto Lucena
Dono da Linknet, empresa de informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Cristina Boner
Dona do Grupo TBA, da área de informática. Acusada de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.



O mensalão do DEM
 
      O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

     O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. 

       Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas.

     As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

       Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.