30 de set. de 2013

Advogados do Diabo: Eles realmente existiram

Você sabia que os "advogados do diabo" existiram?
Quando defende alguém considerado perigoso ou  famoso pelo crime cometido, o Advogado é taxado até de “Advogado do Diabo “, mas o que muita gente não sabe é que afora a revolta popular expressada nos adjetivos dados ao defensores, os Advogados do Diabo realmente existiram, mas da forma inversa.

O  cargo na Igreja Católica fazia parte do processo de canonização de um candidato.

É comum utilizarmos essa expressão para designar não só Advogados mas qualquer  pessoa que defenda  pontos de vista diferentes do nosso, mas apenas afim de nos contrariar e criar discussões, mesmo que ela não acredite necessariamente em sua opinião.

Porém realmente essa expressão, “advogados do diabo”, não é fruto do imaginário popular nem criação contemporânea, pois eles realmente existiram .

A  Igreja Católica, indicava  uma figura  para ocupar esse cargo, a qual recebia, dentro da instituição religiosa, naqueles tempos, no latim, o nome original de advocatus diaboli.

Instituída pelo Papa Sisto V no ano de 1587, essa função dava  o cargo e  o título de “Promotor da Fé” e sua função básica era a seguinte:

O Advogado do Diabo poderia  participar do processo de canonização de um candidato, e seu trabalho era  para advogar contra o pedido de canonização.

O defensor que mais acusava,  posicionava-se com ceticismo às evidências, e também argumentava contra os milagres atribuídos ao candidato a canonização, tudo afim de encontrar falhas no histórico pessoal do candidato,e, com isso, manter a transparência das canonizações daquela época.

Embora o único e real objetivo da postura do Advogado do Diabo, era, na verdade manter a lisura da Igreja Católica, eles acabaram por receber informalmente esse nome sinistro.

Eles desapareceram em 1979, quando o Papa João Paulo II  decidiu revisar o processo canônico e   aboliu o cargo na instituição.