Corpo de Rebeca Miranda Carvalho dos Santos, de 9 anos, foi sepultado nesta segunda-feira. Causa da morte foi esganadura
A menina Rebeca Miranda Carvalho dos
Santos, de 9 anos, foi vítima de abuso sexual segundo laudo do Instituto
Médico Legal (IML). Segundo o chefe de operações da Divisão de
Homicídios (DH), Rafael Rangel, a causa da morte da jovem foi
esganadura. Ela também apresentou marca de mordidas pelo corpo.
Rebeca foi encontrada morta na madrugada deste
domingo na Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul, com as roupas
íntimas abaixadas. O crime foi cometido a cerca de 100 metros da sede
da UPP local, na localidade conhecida como Cachopa.
De acordo com Rangel, imagens das câmeras de segurança da
região onde ocorreu o crime já estão sendo analisadas. Como estava muito
abalada no dia do crime, a mãe de Rebeca será chamada para prestar novo
depoimento. O corpo da vítima foi sepultado no início da tarde desta
segunda-feira no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul.
"Interromperam o sonho da minha filha, Ela era uma menina decente. Quero justiça", disse, emocionado, o motorista de ônibus Reginaldo dos Santos, pai da jovem. Os moradores da comunidade planejam uma manifestação para quarta-feira.
Testemunhas dizem ter visto um homem negro, de cerca de 30 anos e que vestia agasalho verde saindo, durante a madrugada de domingo, do terreno onde o corpo da menina foi encontrado pela manhã.
A perícia encontrou o corpo da menina sob telhas, sem
roupas íntimas e com vestígios de sangue. Rebeca foi encontrada por
volta de 7h30 por um amigo que reconheceu seu chinelo no acesso a uma
obra abandonada. O local não é iluminado à noite.
Ela havia sido vista pela última vez, quando
saiu de uma festa infantil, por volta das 22h30, para entregar um pedaço
de bolo para a mãe, que a esperava. Parentes realizaram buscas no morro
durante toda a madrugada e registraram o desaparecimento na 15ªDP
(Gávea). Para a mãe da menina, Maria Miranda, o crime foi cometido por
alguém de fora da Rocinha: “Muitas pessoas vieram para cá depois da
implantação da UPP”.