Guarda Municipal saca arma contra manifestantes. Imagem: James Allan/Folha Política |
Conforme
relatado pelo ativista James Allan, de Americana, em São Paulo, um
guarda municipal utilizou de uma arma de fogo contra policiais militares
que tentaram proteger manifestantes reprimidos arbitrariamente pela
Guarda Armada Municipal..
As imagens foram registradas por fotógrafos amadores e enviadas à Folha Política e à TV Revolta.
Leia abaixo:
Policiais
Militares e patrulheiros da Guarda Armada Municipal de Americana (Gama)
tiveram um desentendimento na manhã deste sábado (7), em Americana (SP),
durante um protesto após o desfile da Independência no Centro da
cidade. Segundo a Polícia Civil, alguns integrantes do Movimento Pula
Catraca e de outras representações tentaram realizar um ato um após o
desfile das autoridades, mas foram impedidos por um cordão de isolamento
feito por patrulheiros da Gama. No entanto, policiais militares não
concordam com a decisão dos guardas e iniciaram uma discussão. O
desentendimento começou após um tenente-coronel da Polícia Militar dar
voz de prisão para um inspetor da corporação municipal.
Antes da
confusão, o inspetor da Gama também havia ordenado a prisão o líder do
Movimento Pula Catraca, além de dois integrantes da Pastoral da
Juventude. Depois do desentendimento, os três detidos, o tenente-coronel
da PM e o inspetor da guarda foram encaminhados para a Delegacia
Seccional da cidade para prestar esclarecimentos.
O
tenente-coronel da Polícia Militar Sérgio Kanno afirmou que tomou a
atitude de dar voz de prisão ao inspetor da Guarda Municipal porque
ocorreu o descumprimento de um acordo feito antes do desfile. "Nós
havíamos feito um acordo que nenhum manifestante seria impedido de
entrar no desfile desde o ato fosse pacífico. Esse cordão de isolamento
não tinha que existir, muito menos a prisão de uma pessoa. Por isso eu
dei voz de prisão ao inspetor, porque achei a decisão arbitrária e a
missão de estabelecer a ordem é da Polícia Militar", disse.
A Guarda
Municipal afirmou, em nota oficial, que os manifestantes não estavam
devidamente credenciados e que por isso fez o cordao de isolamento. Além
disso, a assessoria da Gama disse que estava aguardando a autorização
da Secretaria de Cultura para liberar a passagem, mas a Polícia Militar
interviu antes da decisão da Prefeitura. A nota ainda afirma que
"qualquer relato de violência por parte dos guardas municipais deve ser
registrado em Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. O documento é em
seguida encaminhado à Guarda Municipal para apuração da conduta de seus
patrulheiros por meio de sindicância instaurada na Corregedoria da
corporação".
Fonte: Folha Política