Dentre as mais de 200 pessoas que prestaram neste domingo (6) a segunda
fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Cuiabá,
pelo menos uma candidata estava ali por um motivo diferente do da
maioria, o projeto de trabalhar na advocacia. Mãe de dois filhos, a
bacharel em Direito Dercy Maria da Silva Siqueira, de 50 anos de idade,
foi fazer a décima prova de sua vida como um desafio pessoal, em busca
da sensação de superação.
Formada em Direito desde 2008, Dercy trabalha como secretária em um
escritório da capital e continua estudando pelo menos duas horas por dia
a fim de obter o registro na OAB.
Mas não que ela pretenda mudar de carreira a essa altura da vida,
adentrando agora na carreira da advocacia ou galgar algum outro posto
graças ao registro na Ordem.
“É uma coisa pessoal. Dá uma sensação de coisa incompleta porque você
forma em Direito e todo mundo fala que precisa ter a carteirinha da OAB.
E, se você não tem a carteirinha, você não é nada, né. E tudo que é
incompleto não é legal”, resumiu Dercy ao chegar com um Vade Mecum nas
mãos a um complexo universitário da cidade a fim de realizar a prova e
“tentar provar algo para si mesma”.
“Quase perdi a conta de quantas provas já fiz, uma dez vezes talvez”,
lembrou, pouco antes do fechamento dos portões no local de prova.
Segunda fase
Neste domingo, segundo a seccional mato-grossense da OAB, 380 pessoas
eram esperadas para realizar a prova da segunda fase de exames em
Cuiabá, em Rondonópolis (a 218 km da capital) e Sinop (a 503 km de distância).
Na primeira fase, o maior número de candidatos aprovados em Mato Grosso foi de Cuiabá (230 pessoas). Em Rondonópolis, 48 pessoas passaram pela primeira etapa. Em Sinop, outras 45.
Fonte: G1