15 de ago. de 2013

Adolescente de 17 anos confessa seu envolvimento em 20 crimes

Sempre vestida com roupas curtas e provocantes, uma adolescente de 17 anos - apreendida na última terça-feira - valia-se da boa aparência para cometer crimes em Sorocaba (SP). Aos agentes do 1º Distrito Policial da cidade, para onde foi levada, a jovem confessou participação em nada menos do que 20 delitos: dez roubos de veículos, três saidinhas de banco, três roubos a residência e quatro assaltos a estabelecimentos comerciais.
Onze vítimas já a reconheceram. Os homens eram seus principais alvos. "Uns me chamavam e eu dava atenção, dava risadinha, me fingia de fácil. Aí só lamento o resto", disse ela, em entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo.
Para roubar os veículos, a adolescente agia sozinha, e atacava logo após ser abordada pelas vítimas, a quem convencia a ir para um lugar deserto e então anunciava o assalto, empunhando uma faca - algumas testemunhas também relataram o uso de uma espingarda. "Era fácil a abordagem porque homem é tudo tarado hoje em dia. Eles queriam ir para o motel, mas eu sempre arrastava pro mato. Nunca fiz nada com eles porque me dava ao respeito", garantiu a novinha.
De acordo com o delegado Silvio Vicentim, a maioria dos crimes era cometida nos bairros da área nobre de Sorocaba. Para assaltar casas e comércios, a jovem tinha a ajuda de três adolescentes, que estão foragidos. O dinheiro obtido nos crimes era gasto, segundo a garota, em bailes funk, balada e maconha: "Fumo todo dia. Tinha que roubar para pagar a maconha, não podia pedir dinheiro para o meu pai e a minha mãe. De uma menina ninguém ‘desacredita', então roubar foi ficando cada vez mais fácil".
Além de usar a sedução como arma, a jovem, que faz 18 aos no próximo sábado, sabia ser violenta. "Nas lojas eu chegava acelerando, empurrando e pegando o dinheiro. Quando viam que eu estava armada, eles entregavam o dinheiro. Mas uma vez um cara ficou olhando para mim e rindo, aí dei duas ‘bicudonas' nele", relembrou ela, que narrou a agressão a outra vítima: "Uma vez parei um carro, e o motorista viu que eu tinha uma faca. Enfiei a faca no pescoço dele. Tive que agir primeiro, senão ele poderia me matar."

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