Caso Eliza Samudio: Bola enfrenta júri popular em Minas
Acusado de ser o homem contratado para matar a modelo Eliza Samudio, o
ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é julgado nesta
segunda-feira no Fórum Criminal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Marcada para começar 9h, a sessão foi iniciada com 30 minutos de atraso com análise de pedidos da defesa de Bola.
O sorteio dos sete jurados que irão compor o Conselho de Sentença deve
ser realizado em instantes pela juíza Marixa Fabiane Robrigues, que
preside os trabalhos. Moradores da cidade de Contagem foram convocados pela Justiça e aguardam em plenário o sorteio.
Um dos defensores do réu, Fernando Magalhães, garante que seu cliente
não confessará o assassinato, mas admite que a condenação do ex-goleiro
Bruno dificultará a absolvição de Bola, que será julgado por homicídio e
ocultação de cadáver.
“Impossível ele confessar (o crime) . O Ministério Público terá que
provar que ele participou. Vamos desmerecer o depoimento do Bruno e
mostrar que ele mentiu em vários momentos. Acho que a condenação do ex-jogador vai dificultar que a verdade apareça”, afirmou o advogado.
Durante seu interrogatório, Bruno admitiu que sabia que o ex-policial
havia sido contratado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, para
matar Eliza. O ex-jogador foi condenado a 22 anos de prisão e Macarrão,
a 15 anos.
O júri deve durar de três dias a uma semana. Sete jurados — que não
poderão ser os mesmos dos julgamentos de Bruno e Macarrão — vão decidir o
futuro de Bola. A expectativa é que ele revele o local onde foi deixado
o corpo de Eliza. O próximo júri do caso está marcado para o dia 15 de
maio. Serão julgados o caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vitor da
Silva, e o motorista do ex-goleiro, Wemerson Marques de Souza.