9 de abr. de 2013

Estagiário do MPF fuma maconha e diz para o guarda que é promotor

 

 

 

Estagiário do MPF fuma maconha e diz para o guarda que é promotor

 


Jovem foi flagrado pela Guarda Municipal na Praça do Gaúcho, em Curitiba (Foto: Sérgio Tavares Filho / G1)





Um estudante de Direito de 23 anos foi detido na tarde de quinta-feira (4), em Curitiba, por desacatar a Guarda Municipal durante uma abordagem na Praça do Gaúcho, no bairro São Francisco. De acordo com o diretor da Guarda Cláudio Frederico de Carvalho, o rapaz fazia uso de maconha e tentou aplicar uma 'carteirada' ao ser abordado.

"Ele mentiu e disse que era promotor de justiça do Ministério Público Federal (MPF), quando na verdade era estagiário", relata o diretor. O rapaz foi detido e levado para o Ciac-Sul, no bairro Portão. "E mesmo se ele fosse promotor ou tivesse outra ocupação no órgão, seria detido do mesmo jeito porque estava abaixo da lei, ou seja, cometendo algo ilícito", acrescenta.
E mesmo se ele fosse promotor ou tivesse outra ocupação no órgão, seria detido do mesmo jeito porque estava abaixo da lei, ou seja, cometendo algo ilícito"
Cláudio de Carvalho, diretor da Guarda Municipal

O estagiário foi visto primeiramente pelas câmeras de segurança que monitoram o local. "Ele estava com outras duas pessoas e quando nossa equipe foi abordar, ele reagiu dizendo que eles [os guardas] não sabiam com quem estavam falando. E em razão dele começar com o desacato, a guarnição não teve outra solução, se não encaminhar o cidadão para a delegacia". Além de responder pelo crime de desacato, o jovem também foi indiciado pelo crime de falsidade ideológica por ter mentido para os agentes. Ele preencheu um termo circunstanciado e foi liberado.

Carvalho disse ainda que esse tipo de situação [carteirada] é comum nas ruas de Curitiba. "Infelizmente isso acontece e está se tornando cada vez mais comum. É normal durante as nossas abordagens a pessoa se intitular algo para se livrar da punição. Inclusive tem filhos de autoridades públicas que usam o nome dos pais. Mas isso não adianta de nada, o crime ele é próprio da pessoa, se ela comete, tem que responder pelo que fez", finaliza Frederico.

Procurado pelo G1, o MPF informou, através da assessoria de imprensa, que aguarda o comunicado oficial da polícia sobre o ocorrido e que as autoridades irão estudar as medidas necessárias sobre o caso.

Fonte: G1