De acordo com o Alto Comando do Exército, a situação dos protestos pode
se agravar ainda mais e por isso não há como tranquilizar a presidente.
O Exército do Brasil está atento a tudo o que acontece nas manifestações que varreram o país nas últimas semanas. O trabalho
da inteligência está focado nas redes sociais 24 horas por dia.
O acompanhamento é feito online porque as manifestações não têm líderes
assumidos nem organicidade, e, dessa forma, o trabalho de infiltração
fica prejudicado. E mais: o Exército concluiu que não existe segurança
de que haverá um arrefecimento daqui em diante nas manifestações.
Reunião de cúpula
As informações foram reveladas na última sexta, quando o Alto Comando do
Exército, que reúne os generais mais graduados da ativa, se encontrou
para fazer um balanço das manifestações com a área de inteligência da
força.
A reunião foi presidida pelo comandante do Exército, general Enzo
Martins Peri, com a participação dos comandantes das oito regiões
militares do país. “Eles fizeram um balanço das suas regiões e deram
subsídios para que o ministro da Defesa, Celso Amorim, repasse à
presidente Dilma”, informou Eliane Cantanhêde.
Sem tranquilidade
Com base neste monitoramento, o Comando do Exército avaliou que não há como tranquilizar o ministro
e a presidente de que o pior já passou. Ou seja, eles não descartam um
novo agravamento da situação.
Segundo Cantanhêde, o Exército nega o termo “prontidão”, que significa
aquartelamento excepcional de oficiais e soldados. Porém, a força afirma
que há acompanhamento ininterrupto.Próximos eventos
Os militares estão preocupados também com a Copa das Confederações e já
afirmam estarem preparados para dois novos eventos: o Dia Nacional de
Greve, que está sendo convocado pelas redes sociais para o dia 1º de julho; e a Jornada Mundial da Juventude, que terá a presença do papa Francisco.
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Fonte: Folha de S. Paulo