“Negros e hispânicos têm maior propensão para o crime”
Favorável à pena de morte, “momento em que o preso faz as pazes
com Deus”, a juíza americana Edith Jones, nomeada pelo antigo Presidente
Ronald Reagan, chocou uma audiência de alunos de Direito.Juíza diz que “negros e hispânicos têm maior propensão para o crime”
Durante uma conferência na Faculdade de Direito da Universidade da
Pensilvânia, Edith Jones, uma juíza do Texas, apresentou uma teoria: os
“afro-americanos e hispânicos têm maior propensão para o crime”.
Proferidas em fevereiro, as declarações só foram conhecidas agora,
depois de terem sido interpostos em tribunal vários processos contra a
magistrada, um deles financiado pelo próprio Governo mexicano.
Jones explicou ainda que “a pena de morte propicia a um preso a possibilidade de fazer as pazes com deus”.
Contactados pelo Expresso, os serviços de relações públicas da
faculdade explicam que não existe nenhuma gravação vídeo da conferência e
que as declarações da juíza foram ouvidas por várias testemunhas
presentes no auditório.
É melhor ser executado do que passar a vida numa prisão mexicana
Aos alunos de Direito, Edith Jones explicou também que a decisão do
Supremo Tribunal Americano de suspender a pena de morte para indivíduos
inimputáveis cria um “precedente perigoso”.
Denegrindo o sistema judicial do México, que acabou com a pena
capital em 2005, a juíza afirmou que “qualquer mexicano preferiria estar
no corredor da morte, aguardando a execução nos EUA, do que numa prisão
mexicana”.
Edith Jones, 64 anos, foi nomeada pelo antigo presidente Ronald
Reagan e, por duas vezes, durante os mandatos de George H. W. Bush e
George W. Bush, apontada como potencial candidata ao Supremo Tribunal
Americano.