Motorola e Nokia foram os fabricantes de telefones móveis e smartphones com maior número de reclamações no Procon-SP em 2012 e os piores índices de solução em 2012. A fundação também anunciou o ranking das operadoras, em que a TIM liderou o número de reclamações.
Segundo o Procon, os celulares apresentam padrão de qualidade
insatisfatório, com falhas de funcionamento e durabilidade abaixo das
expectativas dos consumidores. O suporte de pós-venda também é
inadequado, com alegações frequentes de mau uso, colocando a culpa pela
falta de qualidade do aparelho no consumidor.
Para o Paulo Arthur Góes, diretor executivo da Fundação Procon-SP, as
multinacionais fabricantes de aparelhos adotam no Brasil políticas de
pós-venda muito inferiores aquelas aplicadas em outros mercados.
Operadoras
Quanto ao serviço de celular em 2012, o Procon registrou um aumento
de 29% nas reclamações. O crescimento no número de demandas foi superior
ao do acréscimo de linhas, 4% de acordo com a Anatel.
A TIM teve em 2012 um crescimento na sua base de acessos de 16%,
enquanto suas reclamações no Procon cresceram 46% no mesmo período.
Mesmo as operadoras que, segundo dados do site da Anatel, reduziram a
quantidade de linhas (acessos), como Claro e Oi, apresentaram incremento
nas reclamações no Procon-SP em 2012: Claro, aumento de 14% e Oi, de
17%.
Para o diretor do Procon, o crescente número de reclamações, superior
ao aumento da base de clientes, demonstra claramente o processo de
deterioração da qualidade dos serviços de telefonia móvel. “Esta
situação é decorrente da falta de investimentos adequados em
infraestrutura por parte das operadoras, mais preocupadas com a oferta
de novos planos”.
Trimestre
Comparando-se os números do primeiro trimestre de 2013 com o mesmo
período de 2012, verifica-se aumento de reclamações entre as maiores
marcas, com a Motorola permanecendo na liderança com elevação de 16% no
número de reclamações, passou de 202 para 234; a Samsung, que aparece na
segunda posição do ranking trimestral, teve um aumento de 69% no número
de queixas em comparação ao mesmo período de 2012, de 129 para 218. Em 2013, comparando-se o primeiro trimestre de 2013 com o mesmo
período de 2012, contata-se aumento de 32% nas reclamações registradas
no Procon.
Fonte: Estadão