O piloto do avião agrícola que despejou agrotóxico sob uma escola municipal em Rio Verde (GO), intoxicando 36 crianças e dois professores, foi solto na tarde deste domingo (5) após pagamento de fiança.
Além de David Colpo, 34, o proprietário da empresa dona do avião, Ruy
Alberto Textor, 48, e o responsável técnico Leandro Farina, 37, também
foram soltos por determinação da Justiça.
Os três foram detidos na sexta-feira (3) e indiciados sob suspeita de desrespeitar as normas do uso do agrotóxico despejado pelo avião.
Segundo o delegado regional de Rio Verde, Danilo Fabiano Carvalho
Oliveira, o agrotóxico usado, Engeo Pleno, é de uso exclusivo para
lavoura de soja e deve ser aplicado por via terrestre --ele não soube
explicar os motivos. A plantação no local era de milho.
No momento da emissão do inseticida, 122 crianças estavam na Escola
Municipal Rural de São José do Pontal. O incidente acabou intoxicando 36
crianças e dois professores, que foram hospitalizados com coceira,
náuseas, dor de cabeça, formigamento e falta de ar. Todos foram
liberados no período da tarde.
A reportagem tentou entrar em contato com o advogado dos suspeitos,
Aibes Alberto da Silva, mas ele não foi encontrado. No sábado (4), Silva
disse que o caso foi uma "fatalidade" e que o produto podia ser
aplicado por via área.